domingo, 26 de julho de 2009

München, BY - Alemanha

No meu retorno de Shanghai, fiz uma escala em München. Como o tempo de conexão é longo, aproveito para sair do aeroporto e visitar um grande amigo meu que mora lá a um bom tempo. O voo chega em München de manhã cedo, lá pelas 05:15 e sai às 21:45. Apesar do aeroporto de lá ser bem agradável, não dá pra ficar todo esse tempo por lá. E como o acesso do aeroporto ao centro da cidade é fácil, sempre dou uma saída. E aproveito para ganhar mais uns carimbos no meu passaporte.

Existem duas linhas de trem do aeroporto para o centro, a S1 e a S8. Os trens são relativamente baratos e logo se conectam à rede de metrô de München. Dá pra ir pra quase todos os cantos só com o transporte público. Nas linhas mais novas, as composições do metrô são modernas e totalmente automatizadas. E o bacana é que dependendo do horário e do vagão, você pode levar a sua bicicleta. Ou seja, numa cidade civilizada como essa, não é necessário ter um carro, pois dá pra se virar muito bem com transporte público ou mesmo com a sua própria bicicleta.


Cheguei na casa dele para um café da manhã tipicamente bávaro: Bretzeln, Obatza, Weisswurst und Bier. Traduzindo para um português simples: pretzel, ‘patê de queijo com manteiga’, salsicha branca e cerveja. Sim! Cerveja de café da manhã. Não posso dizer que seja algo saudável, mas também não vou morrer por causa disso, pois só faço isso quando estou por lá.

Apesar de estarmos no verão, o tempo na Alemanha estava uma porcaria... Fazia sol apenas de manhã, mas depois o tempo fechava e chovia. Ainda assim saí para dar uma volta pela cidade, só para não ficar sofrendo por causa da diferença de fuso horário. Aproveitei para andar próximo ao Deutsches Museum, Rio Isar, Marienplatz e todos os outros locais por onde um turista deve passar.


Na hora do almoço, fui comer algo tipicamente alemão: Döner Kebap. Na verdade, isso é um prato turco. Mas é tão difundido no sul da Alemanha que até parece um prato alemão. Há um mês estive na Turquia, onde provei a versão original. Quis tirar a dúvida para ver qual é o melhor. E eu preferi a versão alemã, pois os condimentos utilizados são diferentes e mais leves.

Depois do almoço e de fazer algumas compras, voltei para o aeroporto. Eu aproveito que tenho acesso a um lounge VIP em função do meu cartão Senator da Lufthansa e aproveito para relaxar um pouco, beliscar algo, tomar um café expresso e tomar um bom banho antes de embarcar. Para a minha agradável surpresa, fui contemplado com um upgrade para a Primeira Classe bem na hora de embarcar. Ou seja, consegui fechar essa viagem em alto estilo, pois o conforto da First Class é incomparável. Nesse voo, são apenas 8 assentos de primeira classe, com um serviço impecável e comida e bebida de luxo... O aperitivo enquanto aguardava o embarque eram macadâmias deliciosas e gigantescas. O drink antes do jantar foi um Johnny Walker Blue Label. O jantar, um belo robalo temperado com ervas, foi precedido por caviar e camarão e acompanhado de um champagne dos bons. Nem pedi a sobremesa porque já estava cheio.


Só sei que cheguei em São Paulo bem alimentado e descansado. E eu acho que achei o meu lugar no mundo... Acho que é sentado numa poltrona da primeira classe! =)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Shanghai (上海) - China (中國) - Parte II

Estou escrevendo esse post no aeroporto de Shanghai, enquanto estou esperando o meu vôo de volta. Como o post anterior, eu só escrevi, mas não consegui fazer o upload, pois acho que as páginas do blogspot são censuradas. Se eu tento acessar daqui da China, o endereço fica indisponível. É mole?!? Não vou fazer nenhum comentário a respeito disso, pois vai que o governo chinês entende isso como uma crítica e cancela o meu visto para visitar a China.

De qualquer forma, vim pra cá no final de semana, fiquei trabalhando de segunda a sexta e estou vindo embora agora, para passar um dia em München visitando um grande amigo meu e depois voltando pra casa, finalmente!!!

Além das inúmeras e longas reuniões de trabalho, fui convidado para os jantares. Como convidado de honra, tenho o privilégio de sentar uma posição exata da mesa e também ser o primeiro a se servir com os pratos. Alguns dos pratos são bem gostosos, mas têm outros que são uma tristeza. Na verdade eu estou me acostumando com tudo isso, tanto que uma salada de água-viva é algo perfeitamente aceitável para mim. Mas dessa vez, o difícil foi encarar um prato de pepino do mar, exatamente como o dessa foto que achei na internet.


Imagem retirada da Internet

Mas como o que não mata, engorda, ou dá um bom desarranjo intestinal, não morri por comer isso. A aparência é horrível, a consistência é estranha e o gosto é neutro. Mas só de saber que é algo meio estranho, dá pra ficar um pouco cismado com isso.

Ah, algo muito interessante que aconteceu nessa viagem foi o eclipse total do sol. Esse é um fenômeno muito raro, pois foi o eclipse solar total de maior duração do século 21. Este aconteceu no dia 22 de julho. O próximo com uma duração semelhante a essa, de mais de 6 minutos, será apenas em 2132, quando eu estiver com 155 anos. Ou seja, é improvável que eu esteja vivo até lá.

Esse eclipse total pôde ser visto em algumas cidades da Índia, Nepal, China, Japão e outros países asiáticos. Pude perceber que muitos turistas estavam visitando Shanghai para ter a oportunidade de acompanhar esse evento raro. E eu estava lá de gaiato!




Imagem retirada do Wikipedia

Tudo isso é cientificamente interessante. E eu até estava empolgado para poder ver algo... Nos dias anteriores ao eclipse, o céu estava incrivelmente limpo, o que é muito raro para a China. Mas bem no dia do eclipse, o tempo fechou. E bem na hora do eclipse, começou a chover. Ou seja, não deu pra acompanhar direito o fenômeno... De qualquer forma, o clima ficou diferente, pois eram dez da manhã no horário local e tudo ficou muito escuro...

Mas agora é hora de ir embora! Acordarei amanhã de manhã chegando em Munique passarei o dia por lá. E esse será o assunto do próximo post.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Shanghai (上海) - China (中國) - Parte I

Pra variar um pouco, vim para Shanghai mais uma vez. É a sétima vez que venho para cá em pouco mais de dois anos. Não dá pra dizer que a China é um de meus destinos preferidos, mas tenho que vir pra cá por motivos profissionais. As viagens pra cá são sempre muito puxadas e cansativas. Tudo começa pela distância, passando pela pesada agenda de trabalho, pelos efeitos da diferença de fuso horário, e terminando com os inúmeros eventos e jantares que tenho com o meu grupo e com os fornecedores que venho visitar.

Dessa vez, ao invés de ter alguém me esperando no aeroporto, resolvi pegar o Maglev, o trem de levitação magnética super rápido que faz a conexão entre o aeroporto e Pudong. É um trajeto relativamente curto e a viagem é rápida. São apenas 7 minutos de viagem, onde o pico de velocidade é de 430km/h. Mas é tudo tão rápido que a gente nem aproveita muito a viagem.


Pra variar também, fiquei no mesmo hotel de sempre, o Jianguo, um quatro estrelas muito bem localizado em Shanghai. Pra se ter uma idéia da freqüência com que estou vindo pra cá, até as atendentes do hotel dizem: “Você por aqui novamente! Vai querer o mesmo apartamento de sempre?”. Tenho o privilégio de pegar um quarto no andar executivo, onde tenho direito a utilizar as salas de reunião do hotel e também a alguns drinks extras. Na verdade, o hotel acabou virando o meu escritório também, pois marco todas as reuniões no hotel mesmo para conseguir otimizar meu tempo entre as inúmeras reuniões que tenho. A grande vantagem é de que não preciso perder horas no trânsito ou mesmo em viagens pelo interior da China.


Ficar dentro do hotel também é uma boa por um outro grande motivo: é verão aqui na Ásia. A temperatura está sempre acima dos 35ºC e é muito úmido. Ou seja, toda a vez que ponho o pé na rua, parece que estou entrando numa sauna úmida. Por isso, não faço a menor questão de sair... Também pelo fato de já conhecer em detalhes os arredores do hotel...

Se eu saio do hotel, é ou para jantar ou para comprar algo num mega-shopping de eletrônicos que fica na mesma quadra do hotel, aqui no distrito de Xujiahui. Isso é algo interessante, pois sempre tenho a oportunidade de comprar algum gadget por um valor relativamente baixo... Mas a desvantagem é que eu sempre acabo comprando algo por impulso, que não necessito de verdade... Acho que nessas horas o meu lado consumista (talvez o viés feminino) predomine sobre o meu lado racional e acabo gastando um pouco mais que o necessário.

Só sei que estou com vontade de voltar logo pra casa, poder voltar a falar português e curtir um pouco do inverno brasileiro, pois acho melhor ficar num friozinho aconchegante e bem acompanhado do que ficar num calor muito úmido trabalhando...


sábado, 11 de julho de 2009

Salzburg - Áustria

Salzburg é outra grande cidade da Áustria, que fica localizada bem próximo à fronteira com a Alemanha, a apenas 150km de München. É a cidade onde nasceu Wolfgang Amadeus Mozart, ou simplesmente Mozart para os mais íntimos. Para os físicos e engenheiros de plantão, é a cidade onde também nasceu Christian Doppler, o descobridor do Efeito Doppler.

A casa onde Mozart nasceu (Mozarts Geburtshaus) é hoje uma grande atração turística da cidade, dentre as inúmeras que ficam no Altstadt, ou numa tradução livre, "Cidade Velha", que é considerada patrimônio histórico da humanidade pela UNESCO.

De cima do Castelo Hohensalzburg (traduzindo livremente: "Forte Alto de Salzburg"), a vista da cidade é impressionante. De lá dá pra ver a Catedral de Salzburg, o Rio Salzach e toda a Altstadt. O forte, como muitas outras construções européias, datam de antes do descobrimento do Brasil...

Do outro lado do Rio Salzach, fica o Palácio Mirabell, construído em estilo barroco e com jardins magníficos, os quais serviram de locação para o filme "A Noviça Rebelde". Como dá pra ver na foto abaixo, além dos jardins, a vista para o Castelo Hohensalzburg, lá no alto do morro, é privilgiada.

Para os esportistas de plantão, Salzburg fica bem próxima a diversas estações de esqui e é uma cidade que recebe muitos esquiadores durante o inverno, mesmo não tendo nenhuma pista na própria cidade.

domingo, 5 de julho de 2009

Wien (Viena) - Áustria

Viena é a capital da Áustria, que fica localizada às margens do Rio Danúbio, com cerca de 2 milhões de habitantes, o que lhe confere o título de maior cidade austríaca. Viena é também a capital cultural, econômica e política desse pequeno país ao sul da Alemanha e da República Tcheca.

Fui para lá de carro, em maio de 2002, com um amigo que também estava morando na Alemanha. Aproveitamos um dos inúmeros feriados do mês de maio, alugamos um carrão e colocamos o pé na estrada.

Existem vários lugares para visitar, tais como a prefeitura (Rathaus - com iluminação noturna especial para um show) construída em estilo gótico, o Museu de História da Arte (Kunsthistorisches Museum) localizado na Praça Maria-Theresa e inúmeros outros parques da cidade.

Um lugar especial que vale a pena passar um bom tempo passeando é o Palácio Schönbrunn e seus imensos jardins, que foram construídos pela Monarquia dos Habsburgos. Essa área é considerada um patrimônio histórico da humanidade pela UNESCO.


Só nesse jardim, existem mais de 32 esculturas diversas, sendo em sua grande maioria, fontes d'água. E para aproveitar melhor o passeio e a paisagem, recomendo que a visita seja feita no início da primavera, quando as flores estão desabrochando e ainda não está muito quente. A paisagem é simplesmente incrível!

Além de toda essa parte histórica, existiam (ao menos em 2002, quando fui para lá), algumas baladas bem interessantes em barcos ou balsas que ficavam num braço do Rio Danúbio. Foram alguns dias muito bem aproveitados nessa viagem que vale a pena fazer, pois Viena é uma cidade muito agradável.