Considerei isso como uma oportunidade interessante para conhecer um pouco mais de um continente que eu conheço muito pouco (quase nada, pra ser sincero). Por ser o primeiro pavilhão a visitar na Expo, tinha uma expectativa positiva.
O pavilhão por fora era simples, sem firulas e montado apenas com linhas retas, porém com uma pintura temática. Antes de entrar, brincávamos entre nós que veríamos girafas, elefantes, leões, gorilas e outros animais típicos de alguns países africanos... Puro estereótipo de quem não conhece esses lugares. Obviamente não encontramos nenhum desses animais, pois a proposta era para cada um dos países promoverem a sua própria imagem e não montar um zoológico.
Mas entrando no pavilhão e olhando um pouco melhor, tive uma tremenda decepção. Ao invés dos países promoverem seus pontos positivos para que o mundo possa ter uma imagem mais realista e positiva, muitos países montaram apenas uma banca para venda de produtos de artesanato, normalmente com a foto do líder político (sei lá se era presidente, primeiro-ministro ou ditador mesmo) num quadro grande no centro do stand.
O único stand que vi dentro desse pavilhão que tinha uma proposta diferente era o da Costa do Marfim, mas que também não tinha movimento nenhum e apenas um atendente mal-humorado, que acabou não proporcionando nenhuma experiência positiva. Mas isso ficava meio perdido no meio da feira de artesanato que era promovida lá dentro.
Ou seja, saí desse pavilhão com o mesmo conhecimento que tinha sobre a África quando entrei, ou seja, quase nada. Em minha opinião, esses governos deixaram de aproveitar uma ótima oportunidade para melhorar a sua imagem no exterior, pois vender artesanato numa feira desse porte é um desperdício. Ou vai ver que realmente é só isso que o país tem a mostrar... Será que é isso mesmo?!?
Ah, logo ao lado desse pavilhão estava o da África do Sul. Não cheguei a entrar no pavilhão, mas ao menos do lado de fora, dava para ver uma grande homenagem ao Nelson Mandela, com certeza o personagem mais conhecido do país.