sábado, 25 de abril de 2009

Köln, RHW - Alemanha

No caminho de volta da China, aproveitei para fazer uma parada em Colônia, na Alemanha, para visitar a IMB 2009, que é uma feira referente a costura, mas com um enfoque mais tecnológico.

Parti de Shanghai numa quarta-feira a noite e cheguei em Frankfurt na quinta-feira bem cedo, antes das 06:00. Como o meu trem para Colônia só partia às 08:30, aproveitei a oportunidade para conhecer o novo Welcome Lounge da Lufthansa no aeroporto. Eu só posso dizer que isso é fantástico, pois nada melhor do que um ambiente reservado, onde você pode simplesmente tomar um bom café expresso, ou até mesmo tomar um banho e pedir para passarem uma camisa social que você vai usar... Isso é coisa de primeiro mundo. Ou seja, eu chego com cara de sono e roupa amassada e saio novo em folha!

Pegar um trem aqui na Alemanha é bem interessante... Peguei um ICE, que é o trem expresso da Deutsche Bahn. Nada mais cômodo do que pegar o trem no aeroporto e desembarcar no centro de Colônia. O trajeto é de quase 200km, mas é percorrido em apenas uma hora. Em alguns momentos, o trem atinge uma velocidade de 270km/h, sendo que o máximo é 330km/h. Sempre que possível, prefiro viajar dessa forma, pois é rápido e cômodo.


Essa é a primeira vez que visito Colônia. Pelo que tive chance de conhecer, é um lugar com grande concentração de lojas de luxo. Além de ter muitos visitantes estrangeiros, seja pela localização geográfica da cidade, seja pelas inúmeras feiras que acontecem na cidade.

Fiquei num hotel bacana, o Pullman Cologne, bem próximo do centro da cidade. Dava para fazer tudo a pé. E, do meu quarto, dava para avistar as torres da catedral (Dom), que é um dos maiores atrativos da cidade.



Aproveitei essa chance para matar um pouco da saudade da culinária alemã. Comi em restaurantes típicos, mas também comi muito street food, como Currywurst, Döner Kebab e Bratwurst. Ainda bem que não tinha nenhum médico olhando isso, pois senão eu seria automaticamente reprovado no exame de colesterol.... =)




Estou escrevendo esse post do aeroporto, pois estou prestes a voltar para casa. Foram mais de três semanas viajando e realmente estou com saudades de casa. O que eu mais gosto aqui do aeroporto de Frankfurt são os lounges. Como a aeronave que vai para o Brasil é um Boeing 747, o embarque é feito num portão especial, onde há uma separação em dois níveis. No nível inferior ficam os passageiros de classe econômica. No nível superior, existem duas salas: uma para passageiros da classe executiva e outra ainda mais reservada, para quem tem o cartão Senator da Lufthansa... Ainda bem que consigo ficar na sala Senator... Eu tenho que ter algum privilégio depois de viajar tanto, não concordam?

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Aventuras na China – Parte III

Depois de quase duas semanas viajando pela China, finalmente saí de lá... Sinceramente, é sempre um alívio sair de lá, pois, apesar de não ter muita frescura e de sempre tentar não ser preconceituoso, é um tanto quanto pesado para eu ficar muito tempo por lá. A cultura e o comportamento dos chineses é um pouco difícil de ser assimilados.

O balanço da viagem, como sempre, é positivo... Principalmente para a empresa. Só nesse período que estive na Tailândia e na China, perdi três finais de semana e dois feriados no Brasil. Trabalho durante o dia. A noite fico respondendo e-mails. Sábados e domingos também são dias normais de trabalho... Mas do lado pessoal, também valeu a pena. Não posso me queixar, pois sempre aprendo algo novo ou aproveito uma boa oportunidade.

Dessa vez, além das aventuras culinárias já comentadas anteriormente, comprei uma nova câmera digital... Não que eu estivesse precisando de uma câmera nova. Mas acho que o meu lado consumista falou mais alto... E, pela primeira vez, acabei comprando um eletrônico aqui na China.

Bom, agora só devo ir para a China novamente em setembro próximo, pois é quando ocorre a maior feira de máquinas de costura do mundo, a CISMA. Essa é uma oportunidade interessante para encontrar todas as empresas do mundo reunidos num só lugar. E espero poder ficar um período bem menor dessa próxima vez!

domingo, 19 de abril de 2009

Aventuras na China – Parte II

Depois de passar a semana viajando pelo interior da China e visitando uma série de fornecedores, voltei para Shanghai, onde passei o final de semana…

Uma amiga minha perguntou se não dá pra ‘tirar uma casquinha’ durante a viagem e aproveitar pra conhecer algo novo ou comer num restaurante bom… Não vou mentir: até dá pra aproveitar e curtir um pouco. Mas eu garanto que os sacrifícios são maiores que os benefícios.

D
esde que eu cheguei aqui, já fui a ótimos restaurantes onde servem os mais variados frutos do mar, incluindo até king-crab e abalone. Mas também fui a cada lugarzinho... Vejam a foto abaixo. Não preciso dizer muita coisa, certo?!?


Esse restaurante fica com a cozinha aberta e voltada para a rua... Dá pra ver o jeito que eles preparam a comida e também a higiene do local... A comida não era ruim, mas dá um receio do caramba. Mas pelo menos não fiquei com dor de barriga.

M
as mesmo nos restaurantes luxuosos, tem comidas que são muito suspeitas. Se eu fosse fresco para comida, eu estaria ferrado... Que tal um prato preparado com a cabeça e as tripas de um peixe? Ou uma tartaruga cozida? Eu ainda não tive coragem de pedir a pobre tartaruga...



Ah, pela primeira vez, depois de várias vindas à China, fui a um McDonald’s pra matar a vontade de comer um real junkie food. Segundo o meu amigo chinês, o KFC é muito mais forte que o McDonald’s aqui na China. E os chineses não devem estar muito acostumados a comer burgers. Talvez por isso seja que grande parte dos sandubas do Mc são feitos a base de frango (que são bons, diga-se de passagem!).

E também fui pela primeira vez ao Jin Mao Tower, que deve ser ainda o 6º maior edifício do mundo e 2º maior da China, com 88 andares (421 m), que está ao lado direito da foto. O maior edifício da China é hoje o Shanghai World Financial Center, com 101 andares em 493 metros, que está do lado esquerdo da foto. Fui para lá para um jantar oferecido por um fornecedor.


Pois é... Viajar tem os seus sacrifícios. Mas também tem os seus benefícios...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Aventuras na China - Parte I

Passei o final de semana passado em Shanghai e logo depois iniciei minha viagem por algumas cidades do interior da China.

Shanghai é minha 'base' aqui na China, pois sempre venho pra cá e fico num mesmo hotel, onde estranhamente em me sinto 'em casa'. Os funcionários do hotel me conhecem pelo nome, sabem das minhas preferências de hospedagem e até se arriscam a um papo um pouco mais descontraído, o que não é comum na China... Isso pode parecer bacana, mas isso significa que eu tenho passado tempo demais por aqui...

Andar em Shanghai é uma aventura. Literalmente! Sempre sinto um alívio quando chego inteiro no hotel quando saio para caminhar. Quem já veio para cá sabe o quão difícil é andar e, principalmente, atravessar uma rua um pouco mais movimentada... Os motoristas chineses ainda não aprenderam conceitos básicos como mão e contra-mão e semáforo vermelho... E a calçada não deixa de ser uma extensão da rua para os motociclistas...

Mas desde o início da semana até agora, estou viajando pelo interior da China visitando alguns fornecedores. As distâncias aqui são muito grandes e, apesar das estradas serem bem melhores que as brasileiras, sempre gastamos um bom tempo de viagem dentro do carro, num trânsito bem maluco e arriscado.

O “pior” de tudo nessas visitas a fornecedores, é que eles sempre tentam me agradar. Por isso, sempre tenho que participar de banquetes intermináveis, com muita comida, muita bebida e muita gente... A comida é um capítulo à parte e farei um post em separado. A bebida é algo triste, pois eles bebem cerveja morna e um vinho muito ruim... Como sou o ‘convidado-mor’, todos querem brindar comigo. E haja bebida... Ou seja, é muito fácil tomar um porre de vinho ruim. Mas, o pior de tudo é ter que agüentar as pessoas fumando durante o jantar, entre um prato e outro... Agora imaginem uma sala fechada, com 17 (dezessete) pessoas numa mesa redonda enorme, com mais de 24 pratos diferentes de comida e mais da metade das pessoas fumando ao mesmo tempo. Que prazer que dá esse tipo de jantar?!?

A experiência nova que tive nessa vinda para a China, até o presente momento, foi numa casa de ‘foot massage’, também conhecida como reflexologia no Brasil. Isso é muito bom, pois relaxa que é uma maravilha. O seu pé é lavado com água quente e depois vem uma sessão que pode até parecer tortura chinesa, mas o resultado é muito bom. Toda a vez que venho para cá, eu vou pelo menos uma vez numa casa dessas. Mas dessa vez eu experimentei algo novo: a bacia que é utilizada para lavar e relaxar o pé tinha uma gelatina... Ou seja, parecia que eu tinha colocado o pé numa bacia cheia de sagu... Dava uma sensação tão esquisita que eu ficava dando risada! Mas depois de sair dessa casa, eu fiquei pensando: Eles começam com uma boa massagem no rosto e terminam com a massagem no pé... E será que eles lavam a mão entre uma massagem e outra?!?

sábado, 11 de abril de 2009

Bangkok (กรุงเทพมหานคร) - Tailândia

Iniciei o mês de abril viajando para Bangkok, na Tailândia, também conhecida como a Veneza do Oriente em função dos inúmeros canais que cortam a cidade. Fiquei pouco tempo por lá, mas tive a chance de conhecer o principal ponto turístico da cidade: o Grande Palácio.



O Grande Palácio é, na verdade, um conjunto de templos à margem do rio Chao Phraya que servia de residência para os Reis da Tailândia. Dentre esses diversos templos, um dos que mais se destaca é o Wat Phra Kaew, que é o templo que abriga o Buda de Esmeralda. Mas todos os outros templos são interessantes e peculiares.



Fora esse passeio turístico, tive a oportunidade de experimentar um pouco da culinária deles, o que incluiu comer alguns espetinhos em carrinhos de rua (street food). Experimentei uma espécie de espetinho de lula na brasa com um molho de pimenta... E minha boca ficou ardendo por uns 30 min. Mas estava muito bom!

Para me locomover na cidade, acabei andando bastante de Skytrain, que é o trem elevado que corta a cidade. É um meio barato e eficiente de se locomover numa cidade onde o trânsito é caótico, muito parecido com o de São Paulo. Mas o Skytrain é igual o Metro paulistano no horário do rush: lotado! E, obviamente, não poderia deixar de ter andado num Tuk Tuk, que é o meio de transporte mais típico de Bangkok.

O hotel que eu fiquei - Pullman King Power - foi uma ótima escolha, pois o custo é relativamente baixo para um hotel cinco estrelas... Já fiquei em hotéis piores e bem mais caros! Definitivamente eu o recomendo, pois é bom, confortável e bem localizado, próximo à estação Victory Monument do Skytrain.

O aeroporto de Bangkok é bem moderno e com muitas opções de compra no free shop. A sala VIP da Thai Airways tem uma decoração bem sóbria e é confortável. E viajar de Thai Airways for uma experiência bem positiva. Apesar das aeronaves não serem das mais novas (as da Lufthansa são bem melhores e mais bem conservadas), o serviço é acima da média. As comissárias são sempre muito atenciosas e prestaram um ótimo atendimento.

Bangkok é um destino que eu realmente recomendo. Vale a pena visitar essa cidade por sua história, cultura e paisagens. Ah, justo período em que fiquei lá, havia uma certa agitação no ar por causa de protestos políticos dos ‘camisas vermelhas’. Esse é o mesmo grupo que bloqueou o aeroporto de Bangkok em novembro de 2008 e causou transtornos para milhares de viajantes nessa ocasião. Mas felizmente eu não vi nada disso e consegui sair do país sem nenhuma dificuldade.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Econômica vs. Executiva vs. Primeira Classe

Num post anterior, falei sobre a experiência de voar em diferentes classes (econômica, executiva e primeira classe)... E uns dias atrás recebi um e-mail da Lufthansa com algumas 'promoções' com viagens iniciadas a partir do Brasil.

Para um mesmo trecho, uma passagem em classe econômica sai a partir de USD 817.00. A passagem em classe executiva sai a partir de USD 2,899.00 e a passagem em primeira classe fica em USD 7,690.00. Ou seja, uma passagem de executiva equivale a 3,5 passagens de econômica. E a passagem de primeira classe equivale a 9,4 passagens de econômica ou 2,7 de executiva.

Analisando apenas os números, parece ser um absurdo... E, para o meu bolso, realmente é!!!

Mas vamos analisar essa diferença de preços de uma forma bem simplória, afinal não sou um expert em assuntos relacionados à aviação. Não vou falar de custos operacionais, taxa de ocupação, manutenção, taxas aeroportuárias, etc e tal...

Um assento em classe executiva deve ocupar, dentro da aeronave, o mesmo espaço de 4 ou 5 assentos de classe econômica, pois há mais espaço para as pernas e também é possível reclinar a poltrona de forma a se ficar esticado, mas com uma ligeira inclinação (incômoda) em relação ao piso do avião. Ou seja, um passageiro em classe executiva ocupa o espaço de ao menos 4 passageiros em econômica, o que deve justificar essa diferença de preços.

A mesma análise vale para a primeira classe, onde um assento (ou cama) deve ocupar o espaço de cerca de 8 assentos de econômica. O assento na primeira classe do 747 que faz o trecho FRA/GRU/FRA é literalmente uma poltrona que vira uma cama: totalmente esticado e paralelo ao piso da aeronave.

Ou seja, se analisarmos a questão do preço baseado na ocupação por área dentro da aeronave, até que faz sentido... Sem falarmos na questão da rentabilidade por passageiro em função da classe do vôo. Obviamente o lucro por passagerio de executiva ou primeira classe é muito maior que o da econômica, que é algo muito mais competitivo e sem muita possibilidade de diferenciação entre os concorrentes.

Já um passageiro de luxo (primeira classe), não vai comer 8 vezes mais que um passageiro de econômica, mas sim comer melhor e demandar mais atenção. Na primeira classe da Lufthansa, o serviço é impecável. Você é tratado pelo seu nome, dão-lhe um pijama classudo, a nécessaire que dão é completa e com artigos diferenciados e você tem uma variedade de revistas para leitura. A comida é um capítulo à parte, pois logo de início você recebe umas macadâmias super selecionadas que mais parecem nozes inteiras de tão grandes que elas são... Eles lhe oferecem champagne ou, se você preferir, como foi o meu caso, uma bela dose de Johnny Walker Blue Label. Nas refeições, eles servem caviar de entrada e, muitas vezes, constam no cardápio king crab ou camarões...

Eu só posso dizer que a experiência é realmente incrível! Eu não estou fazendo propaganda da Lufthansa e não ganho nada a mais por isso... Mas é que eu viajo muito por essa companhia, já fiz trechos curtos, médios e longos nas mais diversas classes e posso dizer com categoria que é uma das melhores companhias aéreas para se viajar.